sexta-feira, 24 de julho de 2009

O ‘CHAI’...UMA RECEITA MILENAR PARA A SAÚDE E A LONGEVIDADE...



Você pode não gostar, mas o ‘chai’, esta mistura tão particular de ervas e especiarias, tão vinculada com a cultura oriental, mais especificamente com a Índia, pode oferecer-lhe uma grande quantidade de benefícios: além de ser de grande ajuda para reforçar o sistema imunológico, sabe-se que é útil para equilibrar os níveis de colesterol e a pressão arterial.

Além disso, atribui-se a ele propriedades anticancerígenas e sabe-se que pode reduzir os sintomas em casos de pacientes com Mal de Alzheimer. À todas essas qualidades benéficas soma-se outra: é de grande utilidade para o aparelho digestivo, sobretudo para evitar flatulência. Assim que, se o seu problema é o excesso de gases no organismo, você pode provar esta mistura tão aromática, a base de canela, chá verde, cravo da índia, entre outros, para aliviar o seu mal-estar.
Se nunca provou, anime-se. Veja como preparar, em sua casa, uma infusão de ‘chai’.
O que você precisa?
- 2 colheres de chá verde;
- 1 ramo de canela;
- 5 sementes de cardamomo verde;
- 2 cravos da índia;
- 1 colher de gengibre;
- 500 ml. de água.

Preparo:
1. Coloque as ervas e a água em um recipiente e leve ao fogo, deixando ferver por um tempo aproximado de 5 a 8 minutos.
2. Coe as ervas. Em outro recipiente prepare o chá verde e adicione, então, à infusão anterior.
3. A receita original inclui também leite de soja. Portanto, você pode adicioná-lo, numa pequena porção e, agora sim, deleitar-se com o seu sabor e desfrutar.

(Publicado e traduzido do site CUSI HUASI)

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quinta-feira, 23 de julho de 2009

FOME GORDA E INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

A conexão entre fome gorda e queda do humor e da inteligência emocional é polêmica pelo fato de envolver poderosos grupos econômicos que lucram com alimentos de má qualidade em termos nutricionais, geradores de doenças físicas aliadas à obesidade e doenças mentais como a depressão, distúrbios cognitivos e psicomotores, males de Alzheimer e de Parkinson, lucro esse proveniente de medicamentos patenteados.

A relação e/ou conexão de tais enfermidades com o erro alimentar – e não com os propalados fatores genéticos – torna-se evidente ante a circunstância de que as referidas doenças mentais triplicam nos últimos 20 anos, ou seja, em menos de uma geração, em decorrência da invasão da Pirâmide Alimentar Americana em todos os continentes, acarretando o consumo desenfreado de carboidratos refinados e óleos “trans” e diminuindo a ingestão de ovos ecológicos, peixe e vegetais do tipo frutas, verduras e legumes orgânicos. Estes são os alimentos mais indicados na prevenção tanto da fome gorda, dez vezes mais freqüente que a fome magra em pobres da população brasileira, quanto da depressão e da diminuição da inteligência emocional responsável por quatro vezes mais suicídios que na China tradicional, onde se come até a cabeça do peixe e os ovos de patos de regiões ricas em frutos do mar ou mesmo de águas ribeirinhas, sem temer o mito do colesterol ruim.

O ovo de aves aquáticas tende a possuir dez vezes mais Omega 3, óleo que previne a depressão e suas conseqüências, ou seja, a pirâmide das mortes violentas: suicídio, homicídio, acidente de trânsito e a escalada de drogas. O Omega 3 é “sabotado” no organismo pelo açúcar refinado, excesso de pão (glúten) leite e queijo (caseína), margarina “trans”, café misturado com milho torrado e, mais recentemente, a soja transgênica que dificulta a digestão das proteínas das carnes brancas e vermelhas, do glúten e da caseína, produzindo queda do humor e da inteligência emocional.

Atualmente, 95% da população têm deficiência de Omega 3, a principal gordura do cérebro, cuja composição é de mais de 60% de gordura combinada com os fosfolipídios do ovo orgânico, caipira, que tem seis vezes mais vitaminas antioxidantes do tipo carotenóide e três vezes mais vitamina A que o ovo comum, sendo que até dez vezes mais Omega 3 quando as aves são criadas à beira da água, com acesso a frutos do mar, por exemplo, nas ilhas gregas.

O açúcar refinado e as farinhas refinadas não têm minerais essenciais e ainda roubam do sangue, levando pela urina, cromo, zinco e magnésio, três minerais que influenciam, segundo as pesquisas da nutrogenética, a produção de serotonina, a qual, por sua vez, controla a fome da tarde e da noite, diminui a insônia e reduz a queda de açúcar na região frontal do cérebro correlacionada a distúrbios depressivos, suicídio, criminalidade, bloqueio da inteligência emocional.

Um médico epidemiologista da marinha britânica correlacionou à entrada da dieta da Pirâmide Alimentar Americana com a obesidade, diabete, depressão (20 anos após), o que explicaria a razão pela quais as depressões são mais freqüentes 20 anos depois de erros alimentares, isto em virtude da perda progressiva daqueles minerais detectáveis em mineralograma do cabelo, exame utilizado pela psiquiatria ortomolecular e ponto de partida para a pesquisa da depressão, obesidade e problemas de inteligência emocional.

A dieta paleolítica (peixes, ovos, frutas, verduras, etc.) utilizada pelo homem no último milhão de anos fez com que o cérebro desse um salto de 400 gramas para 1.400 gramas. A medicina ortomolecular tem como meta regenerar o cérebro humano, vitimado pelo estresse oxidativo, mas também provocar a sua expansão com uma dieta similar à paleolítica alicerçada em bases científicas. A propósito, as células-tronco são mantidas em laboratório em caldos nutricionais, o que dá uma idéia da dimensão e do alcance da matéria (nutrição celular, nutrição cerebral).

Dr. Juarez Nunes Callegaro
CRM 2494


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QUINUA, A PROTEÍNA DO SÉCULO 21


O grão, consumido pela população andina há mais de 500 anos, foi recentemente considerado pela ONU como o alimento mais completo do planeta.
por Cida de Oliveira | fotos Alfredo Franco
FONTE: BOA FORMA

Se você ainda não ouviu falar dela, aguarde: a quinua é o alimento mais festejado do momento. Ótima fonte de proteína, carboidrato de baixo índice glicêmico, gordura saudável, vitamina e minerais, esse grão ainda tem outra grande qualidade. “Seus aminoácidos (componentes da proteína) são combinados na medida certa para atender às necessidades do organismo”, atesta Jaime Amaya Farfán, coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação, da Universidade de Campinas (Unicamp). Para começar, cada grão tem 20 aminoácidos diferentes, entre eles a metionina e a lisina, responsáveis pela formação da proteína completa, e que é quase uma exclusividade dos alimentos de origem animal.

O que você ganha com isso? Proteína tem tudo a ver com o efeito do seu treino e com sua boa forma – ajuda a aumentar e manter o volume dos músculos, o que acelera o ritmo do metabolismo e faz o corpo queimar mais calorias. “Completa e de fácil digestão, a proteína da quinua é perfeita até para quem pega pesado nos exercícios”, assegura a terapeuta nutricional Gabriela Marques, de São Paulo. Aliás, esse novo herói do prato saudável é também uma excelente alternativa protéica para quem não come carne.

Além da proteína e do carboidrato, o poderoso grão esbanja ômega 3 e 6, gorduras do bem que impedem a deposição de gorduras maléficas nas artérias. Esse trio de nutrientes controla a liberação de glicose, impedindo aquele sobe-e-desce do açúcar no sangue que dá fome rapidinho. O mix de vitaminas (tiamina, riboflavina, niacina e vitamina E), fibras e minerais (magnésio, potássio, zinco e manganês) e a ausência de glúten (ótima notícias para quem tem alergia a esse elemento) somam mais pontos na ficha nutricional da quinua. O que os estudiosos estão tentando descobrir agora é se o vegetal, originalmente cultivado nas altas montanhas da Bolívia, possui fitoestrógenos semelhantes ao da soja — substâncias naturais que imitam a ação de certos hormônios, ajudando a amenizar os sintomas da TPM e da menopausa.

Com certeza, você já está de bolsa em punho para sair atrás de um pacotinho. Nas prateleiras, vai encontrar versões em grãos, flocos, farinha e até macarrão. A embalagem com meio quilo custa cerca de 15 reais. O preço é salgado, mas como seu volume chega a triplicar depois de cozida, não fica tão caro. Para você se convencer de vez, olha só as receitas que experimentamos e adoramos!

Salada de quinua com frango

1 xíc. (chá) de quinua crua em grão, 2 xíc. (chá) de peito de frango cozido cortado em cubos, 1/2 xíc. (chá) de nozes pecan picadas, 1/2 xíc. (chá) de uva passa preta ou branca (mergulhe por 20 minutos em um pouco de água), 2 col. (sopa) de shoyu light, 1 pitada de páprica (opcional), 4 folhas de alface americana e salsa para decorar.

Modo de fazer
Cozinhe a quinua por 15 minutos em 2 xíc. (chá) de água. Deixe esfriar. À parte, misture o frango, as nozes, a uva passa e o shoyu. Por último, junte a quinua e a páprica. Sirva dentro da alface e decore com a salsa.
Rendimento 4 porções
Calorias por porção: 360

Risoto de quinua

1/2 cebola cortada em fatias finas, 1 col. (sopa) de azeite de oliva, 1 xíc. (chá) de quinua crua em grão, 2 tomates sem pele e picados, 1/2 copo (100 ml) de vinho branco, 1 copo grande (300 ml) de caldo de vegetais (pode ser em pó, sem gordura), 2 xíc. (chá) de folhas de espinafre, 1 dente de alho, sal, pimenta vermelha e noz-moscada a gosto, 1 fatia grossa de queijo branco em cubos

Modo de fazer
Refogue a cebola no azeite em fogo baixo até ficar transparente. Junte a quinua e os tomates e mexa bem. Acrescente o vinho e cozinhe em fogo médio até que a quinua absorva todo o liquido. Junte o caldo de vegetais aos poucos e cozinhe em fogo baixo. Em outra panela, adicione o espinafre e o alho e refogue até evaporar o líquido. Pique o espinafre e misture à quinua. Tempere com o sal, a pimenta e a noz-moscada. Salpique com o queijo e sirva.
Rendimento 4 porções
Calorias por porção: 290

Sopa de tomate com quinua

1/2 xíc. (chá) de quinua crua em grão, 1 dente de alho amassado, 2 cebolas picadas, 2 col. (sobremesa) de azeite, 3 xíc. (chá) de tomate maduro sem pele e sem sementes cortado em cubos, 1 talo de salsão picado, 1 1/2 litro de caldo de carne ou galinha (pode ser em pó, sem gordura), 1 col. (sobremesa) de orégano fresco e sal a gosto

Modo de fazer
Cozinhe a quinua em 1 1/2 xic. (chá) de água por 15 minutos e reserve. Em uma panela grande, doure o alho e a cebola no azeite. Acrescente o tomate e o salsão. Deixe cozinhar por 10 minutos (ou até os tomates desmancharem) e junte o caldo. Tempere com o orégano e o sal. Por último, acrescente a quinua cozida e desligue o fogo. Sirva bem quente.
Rendimento 4 porções
Calorias por porção: 147

Alimento sagrado

Botanicamente, a quinua não pertence à categoria dos cereais nem à das leguminosas.

“É uma espécie de arroz e feijão num único grão”, compara Jaime Amaya Farfán. Peruano, o professor da Unicamp conta que esse alimento tinha um significado místico para os incas e era chamado de segunda mãe. “Logo depois de desmamadas, as crianças eram alimentadas com o grão”, diz.

A planta brota somente no alto das montanhas andinas da Bolívia, a quase 4 mil metros de altitude. Suas propriedades nutricionais, reconhecidas a partir das décadas de 1950 e 1960, foram atestadas mais tarde pela Food and Agriculture Organization (FAO), órgão das Nações Unidas para a alimentação.

Vários países pretendem cultivá-lo. No Brasil, há 20 anos a Embrapa, empresa do governo federal de pesquisa em agricultura e pecuária, estuda sua adaptação nos solos frios e altos da Região Sul. Segundo a empresa Quinua Real Brasil, o alimento é considerado o melhor de origem vegetal para consumo humano e foi selecionado pela Nasa para integrar a dieta dos astronautas em vôos espaciais de longa duração.

O grão puro

Em uma panela, coloque duas medidas de água para cada medida de quinua. Adicione sal a gosto e leve ao fogo por 10 ou 15 minutos, até que dobre ou triplique o seu volume. Desligue e regue com um fio de azeite. O grão cozido pode ser guardado na geladeira por até três dias. Sirva com o molho ou tempero de sua preferência.



Quinua em flocos








Farinha de quinua








Quinua em grão








Tabela nutricional por 100 g do grão cru
Calorias 347
Gorduras totais 5,7 g
Fibras 5 g
Proteínas 15 g
Carboidrato 60 g
Cálcio 112 mg
Magnésio 204 mg
Ferro 9,5 mg
Vitamina C 3 mg
Vitamina E 4 mg






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quarta-feira, 15 de julho de 2009

CANDIDÍASE


“A candidíase é chamada de epidemia escondida, sendo por isso muitas vezes sub diagnosticada.

A Cândida afeta não só mulheres, como homens e crianças. A Cândida Albicans é um fungo, que tem como habitat principal o sistema digestivo humano. Todos nós temos várias bactérias e fungos como a Cândida habitando em harmonia no nosso intestino, constituindo a nossa microbiota intestinal.

O uso de antibióticos, quimioterápicos, antiácidos, esteróides, progesterona, pílulas anticoncepcionais e cortisona, assim como o estresse, a diabetes mellitus, e a hipoglicemia, entre outros distúrbios metabólicos pode provocar a quebra deste equilíbrio, sendo desencadeadores da proliferação da Cândida.

As pessoas mais suscetíveis à Cândida são aquelas alérgicas, com má digestão, aquelas com infecções virais, síndrome da fadiga crônica, câncer, ou que tenham um histórico de uso crônico das drogas mencionadas. A Cândida é mais encontrada em determinados tipos de personalidade como naquelas pessoas que se doam, que buscam a perfeição, estressadas, workaholik, com baixa auto-estima e que querem se manter muito magros. Todas estas características, doenças e estresse têm em comum o fato de provocarem uma diminuição da função do sistema imunológico, deixando-nos muito mais suscetíveis ao supercrescimento da Cândida. A sua recorrência também está relacionada a períodos de baixa imunidade e baixa energia corporal, uma vez que um organismo fraco é um ótimo ambiente para o rápido crescimento deste fungo.

SINAIS E SINTOMAS

A Cândida e outros fungos produzem toxinas, que no organismo humano podem atingir a corrente sanguínea e produzir uma vasta gama de sintomas que se manifestam principalmente em 5 áreas do nosso corpo:

a) Sistema digestivo – provocando gases, distensão abdominal, diarréia alternada com constipação e múltiplas alergias alimentares.

b) Sistema nervoso – fadiga anormal, dificuldade em se concentrar, confusão mental, irritabilidade e confusão mental, perda de memória, insônia, depressão, tontura, alterações de humor, dores de cabeça, náuseas, sensação de queimação, dormência, entre outros.

c) Pele – psoríase, eczema, sudorese excessiva, acne e infecções nas unhas.

d) Trato genito-urinário – nas mulheres, principalmente tensão pré- menstrual, infecções vaginais recorrentes, e perda da libido. Nos homens inclui prostatite recorrente e impotência.

e) Sistema endócrino – hipo ou hipertireoidismo, principalmente os de origem auto-imune.

O conjunto destes sintomas devido à infecção por Cândida pode ser chamado de candidíase polisistêmica.

INFLUÊNCIA DA DIETA

Os fungos crescem com o açúcar, principalmente a sacarose. O consumo de grandes porções de carboidratos refinados como balas, chocolates, bolos, biscoitos, pão branco, bebidas alcoólicas e cafeína podem levar a um supercrescimento da Cândida. Mesmo o açúcar contido nas frutas e nos seus sucos, se consumidos em excesso, favorecem também o seu crescimento. O excesso de açúcar e de lipídios diminui a fagocitose de leucócitos e a função linfocitária, respectivamente, tornando o ambiente próprio para o seu ótimo crescimento. As deficiências nutricionais frente a uma alimentação desequilibrada e uma função digestiva precária também estimulam o seu crescimento.

Muitos alimentos, mesmo que considerados saudáveis, podem estar grandemente colonizados por fungos e suas toxinas. Estes incluem milho, amendoim, castanha de caju, e coco ralado. Fungos também podem ser encontrados na cevada, centeio, trigo, arroz, milhete e em praticamente todos os grãos de cereais. Uma dieta rica em cereais e oleaginosas contaminadas, portanto aumentam a colonização de fungos no trato digestivo. Animais que se alimentam destes grãos contaminados também tem um crescimento de fungos aumentado e nós, portanto podemos ingeri-los de maneira indireta através do consumo de sua carne. Além disso, esses animais podem ter sido alimentados com antibióticos, o que de alguma forma pode influenciar no desequilíbrio da nossa ecologia intestinal.

A exposição a toxinas ambientais (pesticidas, herbicidas, petroquímicos e metais pesados) também aumenta a sua prevalência. Alguns estudos apontam para uma relação da Cândida com uma sensibilidade aumentada ao mercúrio derivado dos amálgamas dentários e com uma prevalência aumentada de alergias alimentares.

TRATAMENTO NUTRICIONAL – ALIMENTAÇÃO E SUPLEMENTAÇÃO
A candidíase não pode ser curada somente através das alterações dietéticas propostas, mas estas são de fundamental importância para a eficácia do tratamento antifúngico usualmente empregado. A dieta garante que a Cândida não cresça ou que tenha um crescimento insignificante.

O mais importante no que se refere ao tratamento da infecção pela Cândida é melhorar a função digestiva e o sistema imunológico, assim a Cândida não encontrará ambiente propício para o seu crescimento excessivo.

Frente aos alimentos mais envolvidos no crescimento da Cândida, é importante, evitar frutas ricas em açúcar como as desidratadas, frutas, sucos de frutas, alimentos fermentados como cerveja, vinho e queijos, pães e grãos contaminados, produtos de origem animal (principalmente a carne vermelha e de porco, gordura animal, manteiga, leite e outros laticínios), amendoim, pistache, castanha de caju e coco ralado, sementes e alimentos refinados. Evitar a ingestão de champignons, pois eles nada mais são do que uma espécie de fungo que pode proliferar a população intestinal de fungos.

Evitar a ingestão de amendoim ou seu óleo, uma vez que freqüentemente estão contaminados com aflatoxinas e fungos considerados imunossupressores.

Alimente-se com mais peixes e óleos de peixe (ricos em ácidos graxos (Ômega 3), alho, cebola,azeitonas, azeite de oliva, hortaliças verdes, ervas, especiarias, semente de linhaça e produtos à base de soja como o tofu e o iogurte.

Alguns suplementos também são indicados como coadjuvantes no tratamento da candidíase:

PROBIÓTICOS: são as bactérias intestinais benéficas que residem no nosso intestino e funcionam como um antibiótico natural contra bactérias patogênicas, vírus e fungos como a Cândida. Para isso é importante que estejam em equilíbrio na nossa microflora. O iogurte e outros leites fermentados são fontes naturais de probióticos, mas estes podem ser melhor obtidos através de suplementos de lactobacilos e bifidobactérias. Podem ser utilizados por via oral ou como uso tópico no caso de infecções vaginais recorrentes.

PREBIÓTICOS: como os frutooligossacarídios (FOS), por exemplo. Aconselha-se associá-los ao uso dos probióticos, uma vez que alimentam os lactobacilos, aumentando sua população e assim conferindo maior proteção intestinal.

ÁCIDO CAPRÍLICO: é um ácido graxo de cadeia média presente no coco. É um potente agente antifúngico.

CEBOLA E ALHO: são efetivos no combate tanto da Cândida quanto de parasitas. Devem ser consumidos na forma crua ou em suplementos de óleo ou extrato de alho. O processamento do alho em cápsulas provoca perda de parte de sua atividade antifúngica. A alicina é o elemento essencial no óleo de alho, responsável pelas propriedades terapêuticas antibacterianas, antiinflamatórias e antifúngicas. Utilizar diariamente durante 1 a 3 meses.

ÓLEOS: O óleo de peixe tem atividade antifúngica comprovada, havendo também benefícios através da ingestão de peixes como truta, salmão, sardinhas, atum e bacalhau por pelo menos 3 vezes/semana. O óleo de prímula, de borage e groselha preta são ótimas fontes de Omega 6. Óleo de semente de linhaça é boa fonte de ácidos graxos Omega 3 e 6. Todos estes óleos tem propriedades antifúngicas. Destaca-se neste grupo o óleo de orégano por suas propriedades antibacterianas, antifúngicas, antiparasíticas e antioxidante.

ALOE VERA GEL: assim como a espirulina ou clorela têm ação no combate a Cândida, principalmente devido ao seu efeito estimulante sobre o sistema imune. Além de suas propriedades antioxidantes e antiinflamatórias.

VITAMINAS/MINERAIS: o sistema imune necessita de alguns nutrientes para o seu bom funcionamento como a vitamina A, beta caroteno, vitamina E, iodo, selênio, zinco, ácido fólico e biotina. Esta última é uma das vitaminas do complexo B, e também tem atividade evitando a conversão da Cândida na sua forma mais invasiva.

ALGAS MARINHAS: são ricas em selênio e iodo que têm atividade de inativar os fungos. Antes do advento das drogas antifúngicas o iodo era o “remédio” mais potente contra a Cândida e outros fungos.”

Nutricionista: Patricia Blanche Davidson
Graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Pós -graduanda do curso de Nutrição Clínica Funcional/ UNIB – SP
Coordenadora da Nutconsult
Nutricionista do Hospital Estadual Azevedo Lima
Atua em atendimento nutricional domiciliar
Fonte: Dieta SGSC

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sexta-feira, 10 de julho de 2009

A DIETA DOS FRANCESES


- Depois da comilança das festas de fim de ano, é hora de começar uma dieta rigorosa, não é mesmo?

Nada disso.

Pelo menos é o que prega o Dr. Will Clower, autor de "A não-dieta dos franceses", lançado recentemente pela editora Campus. O médico neurofisiologista desenvolveu, durante sua estada de dois anos no Institute of Cognitive Science, em Lyon, na França, um plano de 10 etapas para nunca mais fazer dieta e, ainda assim, emagrecer com saúde, como os franceses.

"Descobri que os franceses violam todas as regras alimentares que estipulamos para nós. E, apesar de seus cremes, queijos, manteigas e pães, a taxa de obesidade na França é de apenas 11,3% da população, segundo pesquisa realizada em 2005 pela Internacional Obesity Task Force. O programa de emagrecimento saudável é baseado em quatro grandes princípios básicos: comer alimentos de verdade, aprender a comer, reduzir a quantidade de comida e ser ativo, sem necessariamente se exercitar", explica no livro.

" Em uma volta pelo supermercado fiquei impressionado com os laticínios. Onde estavam os produtos lights? "

Segundo o médico, estamos inundados de alimentos artificiais - açúcares sintéticos, gorduras sintéticas e produtos alimentícios artificiais. Falta-nos reaprender o que é comida de verdade, já que é a ingestão dela que proporciona ao corpo a nutrição na forma de que ele necessita. Clower afirma que em vez de estimular a ingestão de novas substâncias químicas para enganar o organismo, o programa mostra porque alimentos de verdade funcionam em favor do corpo.

"Temos que reaprender o que é comida de verdade. Alimentos de verdade são os produtos naturais, que podem ser encontrados em um texto de biologia e que normalmente fazem parte da cadeia alimentar. Refrigerantes não dão em árvore, margarina é uma invenção, e os corantes, conservantes e estabilizantes que aumentam a vida do produto não foram feitos para o nosso corpo", defende.

Em sua observação dos costumes alimentares franceses, o médico descobriu que os franceses não comem alimentos processados, não evitam gorduras, chocolates e nem carboidratos, não tomam suplementos alimentares, não se abstêm do vinho no almoço e no jantar e não comem com pressa. Ao adotar os hábitos franceses, ele e a mulher emagreceram onze e cinco quilos, respectivamente.

- Em uma volta pelo supermercado fiquei impressionado com os laticínios - fileiras e fileiras de queijos, uma geladeira inteira só pra iogurtes e queijos frescos...
Onde estavam os produtos lights?

Entre outras dicas, Clower prescreve uma limpa na despensa e na geladeira, com o auxílio de que se deve ter em casa, fala sobre os benefícios da cerveja e do vinho, com moderação, é claro, da importância de se passar mais tempo à mesa, usufruindo do sabor da comida e de como isso auxilia a diminuir o tamanho das porções, e da necessidade de se manter ativo. Os resultados, garante ele, surgem em seguida.

Plano de 10 etapas para nunca mais fazer dieta!!!!

1 - Comer devagar. Comer muito rápido faz comer mais. O estômago demora cerca de 20 minutos para mandar um sinal para o cérebro. Comendo devagar, o cérebro tem tempo de receber a mensagem de que seu corpo está satisfeito.

2 - Garfadas menores... O paladar está na superfície da língua. Se a sua boca está cheia de comida, você nem sente o gosto.

3 - Concentre-se na comida. Comer em frente à TV ou no carro faz o momento se tornar irrelevante. A falta de atenção faz com que se coma demais.

4 - Apóie o garfo no prato. Se ainda tem comida na sua boca, coloque o garfo no prato. Não o encha novamente até que tenha engolido.

5 - Sirva a comida em pratos pequenos. Isso resolve dois problemas de uma só vez: o de lavar a louça e o fato de você comer com os olhos.

6 - Comida sem gordura engorda. Comidas sem gordura não satisfazem e contêm mais açúcares.

7 - Se não for comida, não coma. Nosso corpo sabe o que é comida de verdade: carnes, frutas, verduras. Invenções como coca-cola causam problemas de saúde e de sobrepeso.

8 - Coma em etapas. Coma a salada primeiro. Isso ajuda a ganhar tempo à mesa e previne que você coma rápido e em grande quantidade.

9 - Gordura é necessária na dieta. Seu corpo e cérebro necessitam de gordura para serem saudáveis. Você come uma quantia normal de gordura quando come alimentos de verdade, como manteiga, azeite, ovos, castanhas e queijos.

10 - Alta qualidade da comida leva a comer menos quantidade.

O GLOBO- ONLINE

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terça-feira, 7 de julho de 2009

ÓLEO DE COCO EXTRA VIRGEM


"Comer o óleo de coco extraído a frio, portanto virgem, ajuda a perder peso, aumentar a imunidade, controlar a diabete, acelerar o metabolismo, reduzir problemas de tireóide, combater infecções por protozoários, bactérias, vírus, fungos (inclusive giárdia, hepatite C,herpes e candidíase).Estimula a digestão e a absorção de nutrientes, nutre a pele, evita rugas, reduz o colesterol e os riscos de doenças cardíacas, câncer e obesidade. É antiinflamatório, beneficia os intestinos e triplica a energia física, com menos calorias que as gorduras convencionais."(Sonia Hirsch - jornalista e pesquisadora, autora de livros sobre culinária natural, alimentação e saúde) - http://correcotia.com/sonia/index.html - (se tiver interesse em conhecer alguns de seus livros)

O óleo de coco extra virgem é um produto natural de origem vegetal da espécie Cocos nucifera. É prensado a frio, não é submetido ao processo de refinamento e desodorização, sendo extraído a partir do leite de coco por processos físicos, passando pelas etapas de prensagem e filtração.

GORDURA DO BEM
Mas a gordura do coco não é saturada?

É. Só que diferentemente das carnes, por exemplo, a do coco se compõe de ácidos graxos de cadeia média, considerados benéficos porque não são armazenados nas células - vai direto para o fígado e vira energia.
Além disso, gordura de coco não contém ácidos graxos trans, muito comuns em óleos vegetais, que aumentam o mau colesterol, e é rico em ácido láurico, elemento antimicrobiano que o leite materno produz para assegurar a imunidade do bebê às infecções.
Quando submetido a altas temperaturas, o óleo de coco extra virgem não perde suas características nutricionais, sendo considerado um óleo estável. É também considerado o mais saudável para cozinhar, não apresentando gordura trans gerada pelo processo de hidrogenação, que está presente em todos os óleos de origem vegetal, como os de soja, canola, milho e até o de oliva, que é considerado o óleo mais saudável.
São encontradas diversas substâncias no óleo de coco, entre elas os ácidos graxos essenciais e o glicerol, que é importante para o organismo - com ele o corpo produz ácidos graxos saturados e insaturados de acordo com suas necessidades.

BENEFÍCIOS
ANTIOXIDANTE

O óleo de coco extra virgem age como um alimento complementar e preventivo e tem ação antioxidante, colaborando na diminuição da produção de radicais livres. Isso se deve à ação direta da vitamina E presente no óleo, que é composta por tocotrienóis e tocoferóis. Ajuda na redução do LDL (colesterol ruim) e no aumento do HDL (colesterol bom).

EMAGRECIMENTO
Colabora no processo de emagrecimento e, por aumentar o metabolismo com os triglicerídeos de cadeia média, sua gordura se transforma dentro das mitocôndrias em energia. A gordura de coco é considerada termogênica, sendo assim capaz de gerar calor e queimar calorias. Daí já existirem dietas de emagrecimento e cura à base de coco.

IMUNIDADE
Fortalece o sistema imunológico, pois apresenta alta concentração de ácido láurico, o mesmo presente no leite materno, possibilitando dessa forma o combate às infecções bacterianas, virais e fúngicas.

FLORA INTESTINAL
Auxilia na regulação da função intestinal. Os componentes da gordura do coco agem normalizando as funções intestinais, tanto nos casos de prisão de ventre ou mesmo nas diarréias, ao mesmo tempo que o ácido láurico, através da monolaurina, ajuda a eliminar as bactérias patogênicas, protegendo e favorecendo o crescimento da "flora amiga". O que é ótimo, também, porque parasitas intestinais detestam o coco. E o melhor: este antibiótico natural afeta apenas os invasores, sem os muitos efeitos colaterais da versão farmacêutica.

DIABETE

Dentre os variados tipos de gordura existentes, a do coco é talvez a mais nobre de todas. Sua digestão é leve e rapidamente se transforma em combustível de longa duração, sem desequilibrar a glicose sangüínea.

TIREÓIDE
Regulariza o funcionamento da tireóide, tendo ainda ação "antienvelhecimento". Estudos realizados há mais de 30 anos comprovaram que a gordura de coco estimula a função da glândula tireóide. O bom funcionamento faz com que especificamente o mau colesterol (LDL), através de processo enzimático, produza os hormônios antienvelhecimento: pregnenolona, progesterona e DHEA (dehidroepiandrosterona). Todas essas substâncias são necessárias na prevenção de doenças cardiovasculares, senilidade, obesidade, câncer, entre outras doenças crônicas relacionadas à idade.

AÇÃO COSMÉTICA

O óleo de coco pode ser aplicado diretamente sobre a pele e mesmo nos cabelos. Além de hidratar a pele, previne rugas, numa verdadeira ação antienvelhecimento.

ALOE VITA PRODUTOS NATURAIS

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ALHO-PORÓ É SABOROSO E FUNCIONAL

POR CLAUDIA SILVEIRA


Parente próximo da cebola, o alho-poró tem mais semelhanças com a sua prima do que com o parente de nome parecido, o alho.

Incluída no preparo de alimentos, a hortaliça deixa a comida mais nutritiva pois é uma boa fonte de carotenóides (vitamina A) e possui quantidades expressivas de vitamina C e sais minerais, como potássio, cálcio e fósforo, segundo a nutricionista Roseli Rossi, especialista em administração e organização de serviços alimentares.

A sua propriedade mais significativa é a de proteger contra o câncer de estômago. E, por ser um alimento funcional, seus benefícios não param por aí: “Como as cebolas, o alho-poró pode ajudar a reduzir o colesterol, além de ser um ótimo alimento desintoxicante por estimular as enzimas do fígado a fazerem a desintoxicação de xenobióticos, que são substâncias tóxicas”, descreve a nutricionista Daniela Jobst, especialista em nutrição-clínica funcional e em fisiologia do exercício.

Mas não é todo mundo que pode consumir o alimento. Segundo Daniela, ele é contra-indicado para lactantes porque pode provocar cólicas no ventre da criança, para recém-nascidos e para pessoas com pressão baixa, hipertireoidismo não controlado e que usam medicamentos para controlar o nível de açúcar no sangue.

A lista também inclui quem sofre de insuficiência renal. Mas, nesses casos, não precisa riscar o alho-poró da dieta. É só consumi-lo cozido para diminuir a quantidade de potássio presente em sua composição.

Se não há restrições para o seu consumo, vale a pena usar o alho-poró como tempero ou ingrediente de pratos variados, pois ele possui sabor requintado e confere um aroma agradável às saladas, por exemplo.


Saiba mais

Em quais pratos o alimento pode ser usado?
O alho-poró é útil em uma variedade de pratos. A parte branca pode ser fatiada e incorporada a preparos de peixes, aves e carnes e a cremes em geral, como molhos e patês. Suas folhas são muito utilizadas para fazer sopas e caldos, assim como se faz com tiras de couve-manteiga. Uma sugestão é fervê-lo e servir o caldo peneirado com batatas. Pode-se também refogá-lo em caldo sem gordura para ser servido quente ou pincelá-lo levemente com azeite de oliva e grelhá-lo para servir com legumes. Uma boa dica é utilizá-lo como recheio de sanduíches e como temperos de massas, tortas e pães.

O alimento pode ser ingerido cru ou deve ser sempre cozido?

Pode ser consumido das duas maneiras, dependendo do gosto de cada um. Mesmo sendo inteiramente comestível, a maioria das pessoas prefere comer a parte branca e polpuda da base e as macias folhas internas do alho-poró. É comum descartar as folhas mais escuras e amargas do topo. É importante lavar o alho-poró bem antes do preparo, pois ele acumula grande quantidade de terra.

Quantas calorias tem o alho-poró?
Meia xícara do alimento picado e cozido contém apenas 15 calorias, sendo 25 miligramas de vitamina C e 16 miligramas de cálcio, além de uma pequena quantidade de niacina.

É verdade que o alimento pode provocar mau hálito e gases?

Não. Apesar de ser da mesma família da cebola e do alho tradicional, ele não causa esses desconfortos já que não possui quantidade significativa de alicina, substância responsável pela produção de enxofre, que causa o mau hálito comum após o consumo desses outros alimentos.

Reportagem publicada na Revista da Hora do dia 09/12/07

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AMARANTO, OPÇÃO CONTRA O COLESTEROL

Planta consumida na América pré-colombiana é introduzida no Brasil


O amaranto, um dos vegetais mais importantes da América pré-colombiana, cujo consumo foi proibido pelos espanhóis por estar associado a práticas religiosas, começa a ser reabilitado por cientistas brasileiros com um nobre fim: pesquisas recentes mostram que, além de ser altamente nutritivo, o amaranto é um excelente redutor dos níveis de colesterol plasmático, que provoca o entupimento dos vasos sangüíneos.


A conclusão é resultado de um estudo feito pelo Laboratório de Bioquímica e Propriedades Funcionais dos Alimentos da Universidade de São Paulo (USP), que investiga os chamados alimentos funcionais – aqueles que, além de suas funções nutricionais básicas, trazem algum benefício adicional para a saúde. O coordenador do projeto, o cientista de alimentos José Alfredo Gomes Arêas, conta que o conceito de alimentos funcionais surgiu na década de 1980, quando o governo japonês percebeu uma piora da saúde da população nipônica decorrente de seus hábitos alimentares e estimulou o consumo de certos produtos, entre eles, a soja, obtendo bons resultados.

A equipe de Arêas começou a estudar o amaranto em 1997, tendo realizado, desde então, diversos testes com animais para entender como a planta reduz as taxas de colesterol. Após induzirem o aumento do colesterol total e do LDL (o chamado mau colesterol) em hamsters e coelhos, através de alimentos ricos em ácidos graxos saturados e outros compostos, os pesquisadores administraram uma dieta contendo o amaranto.

Os resultados obtidos nos experimentos levaram os cientistas a concluir que a fração protéica do amaranto é a responsável pela redução do colesterol, pois as proteínas, ao serem ‘quebradas’ na digestão, transformam-se em peptídeos (pequenas cadeias de aminoácidos) capazes de inibir a enzima responsável pelo acúmulo do colesterol. Mas o mecanismo ainda não está completamente elucidado e a equipe continua investigando.

Arêas também realizou, em parceria com o Instituto do Coração (InCor) de São Paulo, estudos com pacientes do hospital, cuja taxa de colesterol estava elevada. A administração de amaranto, mesmo em pouca quantidade, junto com estatinas, diminuiu mais acentuadamente os níveis de colesterol dos pacientes. O pesquisador ressalta, entretanto, que mais estudos são necessários para que se possa avaliar a real participação do amaranto, uma vez que o número de pacientes testados era pequeno e eles também foram tratados com medicamentos. “É muito difícil acharmos as condições ideais para conduzirmos nosso estudo. Precisaríamos de um controle rígido da dieta dos envolvidos”, explica o pesquisador.

Muito nutritivo
Além da comprovada redução do colesterol em animais, o amaranto é naturalmente rico em proteínas de alto valor biológico (uma medida do aproveitamento da proteína pelo organismo), o que, segundo Arêas, não é comum em vegetais -- a maioria deles não têm alguns aminoácidos essenciais e seu aproveitamento é de 60% ou menos. “A proteína do amaranto pode ser comparada à do leite”, diz. A planta é ainda fonte de cálcio biodisponível (pronto para ser assimilado pelo organismo), outro fato incomum nos vegetais. Por fim, o amaranto também não contém glúten ou outras substâncias alergênicas em sua composição, o que o torna uma opção para os celíacos – pessoas com intolerância ao glúten.

Mas como consumir o amaranto? Como o alimento não faz parte da cultura alimentícia brasileira, a equipe da USP investiga formas de uso da planta, que tem na semente a parte comestível mais importante. “O amaranto é conhecido como um pseudocereal, porque é parecido com os cereais, sobretudo sua semente”, conta o pesquisador. A semente, que, quando aquecida, estoura como pipoca, está sendo utilizada para a criação de barras de cereais, granola e até salgadinhos. “A idéia não é consumir diretamente a semente, mas sim introduzi-la como ingrediente em alimentos para os quais o paladar do brasileiro já está acostumado, assim como foi feito com a soja. O brasileiro raramente consome o grão da soja, mas ingere com freqüência produtos que têm soja em sua composição.”

Antes, porém, de chegar ao mercado, o amaranto deve começar a ser cultivado no Brasil. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Cerrados e a Universidade de Brasília (UnB), entre outras instituições, já estão se encarregando da pesquisa agronômica para disseminar o vegetal no país. Carlos Roberto Spehar, agrônomo da Embrapa e responsável por essa etapa do projeto, conta que a intenção é diversificar a agricultura. “A produção de grãos no país é baseada em poucas espécies, o que torna as lavouras mais suscetíveis a pragas e doenças”, afirma. Em um grande esforço para vencer a resistência à sua aceitação, o projeto incluiu a difusão de tecnologia de cultivo e uso. Assim, os agricultores foram ensinados a plantar o amaranto e a utilizá-lo na culinária.

Atualmente, alguns produtores já cultivam o Amaranthus cruentus , espécie que tem se adaptado melhor às condições climáticas locais. O trabalho compreende várias etapas, desde a genética e o melhoramento até a recomendação de cultivares. “Estamos estimulando outros agricultores a começarem a produção, de modo a que possam sair na frente quando houver maior demanda do mercado – o que certamente ocorrerá”, aposta Spehar. Segundo ele, a principal dificuldade é a falta de divulgação. “Assim que o brasileiro conhecer o amaranto, irá incorporá-lo na dieta”, finaliza.


Mariana Ferraz
Ciência Hoje/RJ

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ALIMENTOS FUNCIONAIS


O que são alimentos funcionais?
São aqueles alimentos que contêm substâncias ou nutrientes que forneça beneficio à saúde, seja como prevenção ou tratamento de doenças.
De maneira geral, os alimentos funcionais são considerados promotores de saúde e podem estar associados com a diminuição dos riscos de algumas doenças crônicas.

Como isso pode ocorrer?
Isso ocorre porque em sua composição são encontrados compostos bioativos, capazes de atuar como moduladores dos processos metabólicos, prevenindo o surgimento precoce de doenças degenerativas. Dessa forma, está cada vez mais claro, que existe uma relação entre os alimentos que consumimos e nossa saúde.

Onde são encontradas essas substâncias bioativas?
Essas substâncias são encontradas em hortaliças, grãos e leite fermentado. Essas substâncias também apresentam funções antioxidantes e/ou reguladoras presentes nos pigmentos ou outros compostos químicos de sua composição.

Como podemos classificar os alimentos funcionais?
Os alimentos funcionais são classificados da seguinte maneira:

• Alimentos geneticamente modificados em algum nutriente para desempenhar alguma função fisiológica específica, com benefícios sobre à saúde.

• Matéria – prima de origem vegetal

• Alimentos processados sem adição de ingredientes

• Alimentos processados com ingredientes adicionados, sendo este último grupo muito questionado, com muitos autores preferindo classificar essa gama de produtos como fortificados ou enriquecidos e não como funcional.

O que são fitoquímicos?
No organismo humano possuem a capacidade de ativar o código genético na emissão de células de alta potencialidade de energia biológica, causada pela ação na eletrofisiologia humana, redistribuindo a energia biológica fabricada pelo corpo. Ajudam a incrementar a energia no núcleo das células, de maneira que possam funcionar com maior eficiência contribuindo na restauração de moléculas que estruturam o corpo.
O processo de ativação é o resultado de combinações exclusivas e balanceadas de micronutrientes extraídos das células vegetais vivas.
Serão apresentadas a seguir algumas substâncias consideradas funcionais:


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quinta-feira, 2 de julho de 2009

PRANAYAMA I


Respiração

A ciência ocidental considera a respiração tão-somente fenômeno fisiológico, mercê do qual o organismo utiliza o oxigênio do ar a fim de com ele efetuar as transformações químicas necessárias para que o sangue possa distribuir "nutrição" a todas as células. Parar de respirar é o mesmo que morrer.

Para a ciência yogi a respiração, no entanto, é muito mais do que um fato fisiológico. É também psicológico e prânico.

Em virtude de fazer parte dos três planos - fisiológico, psíquico e prânico -, a respiração é um dos atos mais importantes de nossa vida. É por seu intermédio que logramos acesso a todos eles. Por outro lado, é ela o único processo fisiológico duplamente voluntário e involuntário. Se quisermos, podemos acelerar, retardar, parar e recomeçar o ritmo respiratório. É-nos possível fazê-la mais profunda ou superficial. No entanto, quase todo o tempo, dela nos esquecemos inteiramente, deixando-a por conta da vida vegetativa. Graças a isto, a respiração é também a porta através da qual poderemos um dia, a custa de aprendizado, invadir o reino proibido do sistema vago simpático. É principalmente graças a ela que um yogi avançado consegue manobrar fenômenos fisiológicos até então refratários a qualquer gerência.

A psicanálise pôs ás claras a existência de um eu profundo, uma personalidade inconsciente, que estruturada com impulso e tendências instintivas, procura manifestar-se, pressionando, lá do nível desconhecido e misterioso de cada um de nós. Uma outra personalidade, que meridianamente cada um se reconhece ser, é estruturada á base de comportamentos aprendidos e socializados. Esta dicotomia alimenta um estado de tensão permanente. Pois o eu consciente, vigilante, teme e sufoca a livre expressão do eu profundo. Este, na interpretação de Freud, feio, erótico e anti-social, é alimentado pelas freqüentes repressões a que o eu consciente o submete. Do eu profundo o que podemos dizer é que ele é desconhecido e rebelde ao controle, mas não podemos concordar que seja apenas sujeira e negrume. Podemos dizer, isto sim, que as energias que consigo guarda, e que, no homem vulgar, são desconhecidas pelo eu consciente, têm sido apenas temidas e recalcadas. Submetidas, mas não vencidas, permanecem, no entanto, criando conflitos e, como uma mola comprida, são perigosamente capazes de vencer o controle e soltar-se, muitas vezes, desastrosamente.

Visando à unificação da personalidade, por meio de auto-análise e da psicanálise, tentativas são feitas no sentido de um "tratado de paz e mutua colaboração" entre estes dois partidos que dividem o "reino interno" do homem. A respiração é um meio certo de obter essa unificação ou yoga.

Há em cada homem duplo ritmo respiratório. Um ligado à vida de relação ou consciente e o outro à atividade inconsciente e vegetativa. A primeira, que todos conhecem, é superficial, e a outra, profunda. Aquela se liga às atividades conscientes, características do eu superficial e consciente, e esta é própria dos mecanismos inconscientes e involuntários, ligada portanto ao eu profundo. A integração que se atinge no plano respiratório é estendida ao plano psíquico, mercê da integração dos dois sistemas nervosos: cerebrospinal e simpático. Consegue-se isto com a prática da respiração integral, que, começando como respiração superficial, se vai progressivamente aprofundando até a meta final.

Desde já, porém, não se deve entender como respiração profunda apenas o inspirar sob grande esforço com o fim de encher ao Maximo o pulmão.

A) Aspecto psíquico da respiração

Para melhor evidenciar a natureza psíquica da respiração, basta considerar as alterações rítmicas funcionais que concomitantemente ocorrem com as alterações psíquicas. Na inquietude mental e emocional observa-se a respiração acelerada. Torna-se lenta nos estados em que nos achamos física, mental e emocionalmente tranqüilos. Se nos envolve um conflito entre duas tendências ou desejos antagônicos, ela se faz irregular ou arrítmica. Se, no entanto, nos encontrarmos integrados, livres de contradições psíquicas, respiramos compassadamente. Reciprocamente, quando, pelos exercícios respiratórios, voluntariamente controlamos a respiração, tornando-a lenta, induzimo-nos necessariamente à tranqüilidade emocional e mental. Ritmando-a, estabelecemos a paz entre a mente, a vontade e os impulsos antes contraditórios e opostos.

B) A respiração como fenômeno prânico

Ao tratarmos do corpo prânico chegamos a ver a respiração como o meio de que ele se serve a fim de suprir-se de energia prânica. Cremos já ter dito o suficiente. Vimos já a importância da respiração como fenômeno polarizado, absorvendo a energia positiva --- HA---e a negativa---Tha. Energias estas que vão vivificar os chakras e circular pelos vários nadis.

Pelo exposto, torna-se claro que, controlando voluntariamente a respiração, ritmando -a, aprofundando-a, dirigindo-a, polarizando-a, o homem vai obtendo acessos a seus diferentes níveis - psíquico, fisiológico, prânico, podendo então integrá-los em seu proveito.

C) As fases da respiração

A respiração yogi se faz segundo três fases: puraka, ou inspiração; kumbhaka, ou retenção; rechaka, ou expiração. Conforme sabemos, quando inspiramos apenas pela narina esquerda, terminal do nadi id, absorvemos prâna negativo (THA) e quando o puraka se faz pela narina direita, onde termina o nadi píngala, incorporamos prâna positivo (HA).


PRANAYAMA E A SUA IMPORTÂNCIA

Etimologicamente, a palavra sânscrita pranayama significa domínio sobre o prâna. A maioria dos autores conceitua como a suspensão voluntária do alento, isto é, do prâna, e é o objetivo comum que todos eles apontam para os vários exercícios respiratórios, constituindo o "abre-te sésamo" para a transcendência e libertação.

O venerável, Swami Vivekananda, em "filosofia yoga" (editorial Kier, Buenos Aires), narra uma parábola, ilustrando a importância do paranayama. Ei-la: "conta-se que o ministro de um grande rei caiu em desgraça. Como conseqüência, o rei mandou encerrá-lo na cúspide de mui elevada torre. Assim se fez, e o ministro foi relegado a ali consumir-se. Ele contava, porém, com uma fiel esposa, que à noite foi à torre e, chamando o marido, perguntou-lhe que poderia fazer para facilitar-lhe a fuga. Respondeu-lhe que na noite seguinte voltasse trazendo uma corda grossa, um forte barbante, um carretel de fio de cânhamo e um outro de fio de seda, um besouro e um pouco de mel. Muito admirada, a boa esposa obedeceu e lhe trouxe os objetos pedidos. Então o marido lhe disse que atasse a extremidade do fio de seda ao corpo do besouro, que lhe untasse os chifres com uma gota de mel e que o colocasse sobre a parede da torre, deixando-o em liberdade e com a cabeça voltada para o alto. Assim ela fez e o besouro principiou sua viagem. Sentindo o cheiro do mel diante de si, trepou lentamente, com a esperança de alcançá-lo, ate que chegou ao cume da torre. Apoderando-se então do besouro, encontrou-se o ministro na posse de um dos extremos do fio de seda. Nesta situação, disse à esposa que unisse no outro extremo fio de cânhamo e, depois que este foi puxado, repetiu o processo com o barbante e finalmente com a corda. O restante foi fácil: o ministro conseguiu sair da torre por meio da corda, evadindo-se. Em nossos corpos, continua o amado yogi Vivekananda, o alento vital é o fio de seda e, aprendendo a dominá-lo, apoderamo-nos do fio de cânhamo das correntes nervosas, destas fazemos outro tanto com o forte barbante de nossos pensamentos e finalmente apoderamo-nos da corda do prâna, com a qual logramos a libertação".

A BOA RESPIRAÇÃO DEVE SER NASAL

Dos mamíferos, o homem é o único que, por causas patológicas ou deploráveis maus hábitos, às vezes respira pela boca. Respiração errada.

O nariz não foi feito para compor um elegante perfil. Deus o pôs no meio da nossa face para com ele realizarmos sadiamente esta coisa importantíssima que é respirar.

Os inconvenientes da respiração bucal são de dupla natureza: físicos e prânicos.

Os de ordem física começam com a insuficiente alimentação de ar nos pulmões. Os que respiram pela boca são permanentemente martirizados por uma asfixia parcial, além de serem mais sujeitos às infecções por germes do ar. O nariz é um filtro contra poeiras. Graças à ação bactericida de seu muco, livra-nos de insidioso invasores. É também um radiador natural que aquece o ar frio do inverno, antes de chegar aos pulmões.

A dificuldade de respirar pelo nariz começa quase sempre na infância, e é quando, por tal motivo, se forma o habito de respirar pela boca.

A ciência dos tatwas ensina que na pessoa sadia a respiração se faz mais fortemente por uma narina do que por outra, variando o lado de duas em duas horas. Durante duas horas, a narina direita funciona mais fracamente do que a esquerda para, depois de duas horas, mudar e então é a esquerda que mais trabalha.

Não sei se a ciência ocidental já se apercebeu deste fenômeno. Isto implica em saúde e harmonia com o cosmos. As pessoas que sofrem de nariz entupido de um dos lados gozam menos saúde do que os que respiram normalmente. Por isso deveriam aprender a conservar em bom estado funcionando ambas as narinas.

Das fossas nasais, a que mais freqüentemente funciona mal é a esquerda, por onde se faz a inspiração da corrente negativa THA. "Ora, diz Kerneiz (Comment Respirer; Èditions Jules Tallandier, Paris), certos biologistas contemporâneos, como o doutor Thijenski, consideram precisamente como uma das causas e igualmente um dos principais sintomas do envelhecimento a insuficiência de ionização negativa nos fenômenos humanos."

Agora que expusemos o ônus de uma respiração defeituosa, estamos na obrigação de indicar técnicas yogues que a possam corrigir e curar.

Como corrigir a respiração deficiente

Como os exercícios de pranayama são quase todos executados usando somente o nariz, antes de iniciar um deles é preciso ter as fossas nasais totalmente desimpedidas.

Talvez nenhuma técnica yogi seja necessária quando se trata de uma pessoa que respira pela boca devido ao mau hábito formado em época em que, por um qualquer defeito anatômico ou fisiológico, teve dificuldade em respirar pelo nariz. Neste caso, só é preciso uma boa dose de propósito de livrar-se do habito, se é que o obstáculo anatômico ou fisiológico já foi removido.

Para desobstruir uma das narinas, coloque na axila do lado oposto um volume como o de um livro, ou o punho fechado. Dentro de minutos, o desentupimento se dá. É só ter um pouco de paciência. Logo que obtiver o que deseja, desfaça a pressão, senão vai entupir a narina do mesmo lado. Se estiver na cama, é suficiente deitar-se sobre o lado desobstruído, para em poucos instantes livrar a narina que estava entupida. E ainda há quem não admita a existência dos nadis!!...

A lavagem do nariz ou vyut-krama consiste em aspirar água pelo nariz e cuspi-la pela boca. A sucção se faz mais com a faringe do que com as narinas. A água deve ser fervida, com uma solução de 7% de sal de cozinha (melhor o sal bruto) e em temperatura tépida. Às primeiras vezes a coisa é desagradável. Dá uma dorzinha que desaparece com poucos segundos.

Alguns exercícios de pranayama são outras formas eficazes de limpar o muco das narinas e quem os pratica realiza outrossim um tratamento preventivo.

Há certas práticas indicadas por kerneiz (op. Cit.) que preferimos explicar na palavra do autor. Tais técnicas "consistem essencialmente em pronunciar ou sobretudo em cantar certas silabas de maneira a fazer vibrar as paredes das vias respiratórias. Os sons devem de preferência ser emitidos sobre uma das notas do acorde perfeito e segundo o registro vocal de cada um. Não é preciso cantar a toda a voz, mas cantarolar".

"A silaba mais própria a fazer vibrar a cavidade torácica mediana é FREM; é preciso tentar um pouco para obter o justo som; apoiando ligeiramente os dedos sobre o peito, deve-se sentir a vibração. OM (a silaba sagrada) faz voltar a parte superior da caixa torácica e a base da garganta. YUM a parte superior da garganta e alto da glote. VAM o alto do véu palatino e a parte posterior das cavidades nasais. MAM a parte média do véu palatino e das cavidades nasais. SAM a parte anterior do véu palatino e das cavidades nasais. Podem-se obter vibrações um pouco diferentes e mais acentuadas substituindo o M final por N."

"A emissão prolongada e repetida dessas sílabas sobre um som musical e as vibrações que elas determinam tem por efeito purificar as vias respiratórias e livrá-las de todo excesso de muco; exercendo ação tonificante notável, que tende a imunizá-las contra todas as infecções menores de que se tornam sede."

Esses exercícios assim descritos por Kerneiz são classificados na categoria de mantrans. Mantram é a palavra ou som que determina efeitos vibratórios, psíquicos e espirituais quando devidamente emitidos. São verdadeiros mantrans os cantos gregorianos e a entoação das suras do Alcorão pelos muçulmanos em prece. De certa forma, o efeito psicológico arrancado aos soldados pela marcialidade dos tambores exemplifica o que os orientais denominam mantrans.

Autor: Hermógenes

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