sexta-feira, 16 de outubro de 2009

NOZ, O ANTIOXIDANTE NATURAL

Site Toda a Fruta
Colaboração do Dr.Edson Credidio - Médico Nutrólogo, Título de Especialista em “Gestão da Qualidade e Segurança dos Alimentos” pela Unicamp , Coordenador do Sistema Nutrosoft , Coordenador do Selo ABRAN , Diretor da ABRAN credidio@terra.com.br


Diversos estudos publicados, em diversas partes do mundo, esclarecem os benefícios das nozes para a boa saúde, relacionando-as a um menor risco de doença de Alzheimer, ataques cardíacos e outras enfermidades.

Dois estudos publicados no Journal of the American Medical Association sugerem que a vitamina E antioxidante e outros antioxidantes encontrados nas nozes, como vegetais de folhas verdes e outros alimentos - não suplementos - podem reduzir o risco da doença de Alzheimer.

As nozes são uma boa opção, uma vez que elas têm maior concentração da vitamina E alfa-tocoferol, sendo a forma da vitamina E que o corpo melhor absorve e utiliza.
Um dos estudos envolveu 815 moradores de Chicago com 65 anos de idade ou mais, sem quaisquer sintomas iniciais de declínio mental, que foram questionados sobre seus hábitos alimentares e acompanhado por quatro anos aproximadamente. Quando fatores como idade e formação eram levados em consideração, um grupo ingerindo a maior quantidade de alimentos ricos em vitamina E antioxidante teve um risco 70% menor de desenvolver a doença do que um grupo que ingerisse pouca quantidade de alimentos ricos em vitamina E. Esses resultados se comprovaram na ingestão de alimentos integrais, tais como as nozes, porém não foram demonstrados na ingestão de suplementos.

O outro estudo científico envolveu 5.395 pessoas nos Países Baixos, com 55 anos de idade ou mais, que foram acompanhadas durante seis anos. Aquelas que consumiram uma maior quantidade de vitamina E e C foram menos suscetíveis a desenvolverem a doença de Alzheimer, indiferentemente à variação genética.

O estudo de grande escala publicado nessa semana no periódico Archives of Internal Medicine examinou o consumo de nozes em mais de 21.000 médicos participantes do U.S. Physicians’ Health Study, que se iniciou em 1982. O estudo mostrou que homens que ingeriram uma porção de nozes ao menos duas vezes por semana tiveram um risco 47% menor de morte súbita por ataque cardíaco e um risco 30% menor de morte por doença cardíaca coronariana, quando comparados àqueles que não ingeriram nozes. Uma porção equivale à aproximadamente um punhado de nozes.

O consumo de uma maior quantidade de nozes é um bom exemplo de uma "intervenção dietética de baixo risco", que é fácil de se fazer e proporciona uma ampla variedade de benefícios", disse a Dra. Christine Albert, do Hospital Brigham and Women em Boston.

Uma porção de nozes contém apenas 164 calorias e fornece vitamina E, magnésio e potássio - componentes identificados no estudo que podem contribuir para um risco reduzido de ataque cardíaco. Além disso, as nozes são repletas de proteínas, gordura monoinsaturada saudável, fibras, cálcio e zinco.

Estudos mostraram que o consumo de uma porção de nozes como parte de uma conduta saudável, pode diminuir o (LDL) colesterol ruim e ajudar a reduzir o risco de doença cardíaca .

Comer um punhado de nozes duas ou mais vezes por semana pode reduzir os riscos de doenças cardíacas fatais, concluíram os autores de um novo estudo, divulgado por pesquisadores do Brigham and Women’s Hospital, da cidade norte-americana de Boston.

As dietas de populações mediterrâneas são ricas em nozes e peixes, o que é sabidamente bom para o coração, e muitos tipos de nozes são também uma fonte saudável de gordura não saturada, magnésio e vitamina E, de acordo com os cientistas.

A doutora Christine Albert verificou o consumo de nozes de mais de 21 mil homens que participaram do Estudo da Saúde dos Médicos dos Estados Unidos, iniciado em 1982.

A especialista descobriu que os voluntários que consumiam pouco menos de 30 gramas de nozes duas vezes por semana, no mínimo, tinham 47% menos riscos de sofrer uma morte cardíaca súbita dos que os que não comiam o fruto.

A médica também percebeu que esse grupo tinha 30% menos chance de morrer em decorrência de doença cardíaca. A mesma correlação, no entanto, não se aplicava a enfartes não fatais.

Houve 201 mortes cardíacas súbitas e 566 óbitos por doenças cardíacas entre as pessoas acompanhadas ao longo de 17 anos.

NOVA YORK (Reuters Health) - Comer uma pequena quantidade de nozes por semana poderia ajudar o coração, revelaram os cientistas.

As descobertas indicam que as gorduras contidas nas nozes poderiam, de alguma forma, reduzir o risco de morte súbita devido a causas cardíacas.

"Os resultados indicam que aumentar o consumo de nozes -- mantendo ao mesmo tempo a quantidade certa de calorias -- pode ser um jeito seguro e barato de diminuir o risco de morte", disse a co-autora do estudo, JoAnn E. Manson, da Escola de Saúde Pública de Harvard, em Boston. Durante 17 anos, a partir de 1982, Manson e sua equipe usaram questionários para avaliar dieta alimentar, saúde e exercícios físicos de mais de 21 mil médicos dos Estados Unidos. No início da pesquisa, conhecida como Estudo de Saúde dos Médicos, todos os participantes estavam saudáveis e tinham entre 40 e 84 anos.

Os pesquisadores verificaram que 20% dos homens raramente ou nunca comiam nozes. Cerca de um quarto consumia uma porção de 28 gramas de nozes uma vez por semana, enquanto menos de 15% disseram comer o fruto de duas a quatro vezes por semana. As pessoas que consumiam nozes mais de cinco vezes semanalmente representavam apenas 6% dos médicos entrevistados.

Na edição de 24 de junho da revista Archives of Internal Medicine, Manson e seu grupo relataram que homens que comiam duas ou mais porções de nozes por semana tinham um risco 47% menor de morte súbita associada à parada cardíaca, comparados àqueles que ingeriam nozes com menos freqüência. A morte súbita cardíaca foi definida como um óbito que ocorreu uma hora depois do início de sintomas. Os cientistas verificaram que o consumo de nozes não parecia reduzir o risco de um ataque cardíaco não-fatal ou o risco de uma morte cardíaca não-súbita, mas o risco geral de morte devido à enfermidade cardíaca pareceu ser 30% menor entre aqueles que comiam nozes ao menos duas vezes por semana.

Os pesquisadores ressaltaram que outros fatores de estilo de vida observados entre os consumidores de nozes, podem ter um papel importante nessa associação. Aqueles que comiam nozes tendiam a ser mais jovens, por exemplo, além de praticar mais exercícios físicos e estar menos propensos a fumar ou apresentar hipertensão.

Os cientistas sugerem que o conteúdo nutricional das nozes -- que inclui quantidades elevadas de vitamina E, magnésio, potássio e das chamadas gorduras insaturadas "saudáveis" -- pode ser o responsável pelo benefício. Eles notaram que alguns tipos de nozes tinham doses altas de ácido alfa-linolênico, uma classe de ácidos graxos que pode prevenir batimentos cardíacos anormais e tem demonstrado minimizar o risco de morte súbita cardíaca entre pessoas que já sofreram um ataque cardíaco.

As nozes são o alimento vegetal com maior quantidade de antioxidantes. O estudo foi apresentado em Madri (Espanha) durante o Seminário "Nozes: alimentos naturais, alimentos funcionais". O trabalho conclui que as nozes são os alimentos que contêm maior quantidade de antioxidantes ", explicou Jordi Salas, da Universidade Rovira i Virgili. Os cientistas descobriram que as nozes possuem 20,97 unidades de antioxidantes por cada cem gramas, 20 vezes mais que a quantidade presente nas laranjas (1,14), nos espinafres (0,98), nas cenouras (0,04) ou nos tomates (0,31). Segundo Salas, as nozes aumentariam a proteção do organismo a uma série de enfermidades, por diminuir o colesterol – LDL e reduzir o risco de doenças cardiovasculares.

Neste sentido, o responsável pelo departamento de Nutrição e Dietética do Hospital Clínico de Barcelona, Emilio Ros, manifestou que acrescentar um punhado de nozes "a uma dieta saudável de tipo mediterrâneo" consegue diminuir significativamente o colesterol –LDL (ruim) em quase 15%, devido ao seu conteúdo em ácidos ômega-3 e ômega-6.


Porém, devemos inserir as nozes na categoria de alimentos construtores, devido ao seu alto teor protéico, em uma dieta balanceada ,respeitando as porções indicadas. Obviamente o excesso poderá alem de levar ao ganho de peso, devido o alto teor calórico, provocar um excesso de ácidos graxos no sangue acarretando efeitos prejudiciais ao organismo.

O fígado é um órgão que utiliza ácidos graxos livres circulantes.

Quanto maior a concentração circulante de ácidos graxos, maior a captação hepática.Os ácidos graxos no fígado podem ser convertidos em triglicerídeos e fosfolipídeos, ser oxidados completamente para dióxido de carbono e água ou ser parcialmente oxidados em corpos cetônicos (ácido acetoacético e beta-hidroxibutírico).

Os ácidos graxos que não são oxidados vão formar o triglicérides.

Se a síntese de triglicérides exceder a formação de lipoproteínas, o excesso de triglicerídeos é armazenado em gotículas de gorduras dando origem ao fígado com esteatose.

Esses ácidos podem deixar o fígado e entrar em outros tecidos como o músculo cardíaco e os rins, nos quais são usados como fonte de energia .

O consumo de compostos antioxidantes presente nos alimentos é um fator importante na prevenção de doenças cardiovasculares e crônicos degenerativas.

A degeneração funcional das células do corpo durante o envelhecimento parece, contribuir para estas doenças.

O efeito protetor contra processos envolvidos na aterosclerose pode estar relacionado ao efeito inibitório de antioxidantes sobre a síntese de prostaglandinas e leucotrienos, reduzindo assim a agregação plaquetária e tendência trombótica.

Os antioxidantes existentes nas nozes possuem papel significativo contra os agressores das macromoléculas como DNA, proteínas, lipídeos e lipoproteínas. Devido estes efeitos relatados em experimentos realizados em diversas partes do planeta, deveremos introduzir na dieta dos nossos pacientes, a porção de uma noz por dia, para a prevenção de doenças crônicas degenerativas e desta forma proporcionar uma velhice com longevidade e qualidade de vida. As nozes devem ser utilizadas o ano todo e não só em períodos natalinos ou em pratos e doces sofisticados.

Data Edição: 27/12/04
Fonte: Dr.Edson Credidio - Médico Nutrólogo

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