domingo, 3 de outubro de 2010

AZEITE DE OLIVA

A Bíblia tem muitas referências aos usos religiosos da oliveira e do óleo de oliva. No Livro do Gênesis, uma pomba, que foi enviada por Noé e retornou com um ramo de Oliveira indicando a proximidade de terra, se transformou num símbolo da paz. Seu reconhecimento por Noé sugere que a oliveira já era uma árvore bem conhecida na época do Dilúvio.

O maior significado religioso do óleo de oliva está documentado no Livro do Êxodo, onde o Senhor diz a Moisés como fazer uma unção com óleo de oliva. Durante a consagração, o óleo de Oliveira é derramado nas mãos de reis e de sacerdotes católicos.

O óleo de oliva foi por muito tempo, e continua sendo até os dias atuais, um símbolo de excelência, pureza e simplicidade. A colheita e o transporte dos frutos para mesa foi bastante modernizado, mas a elegância e simplicidade continuaram os mesmos.

Milhares de anos atrás, elas eram espremidas com as mãos, em movimentos circulares no fundo de um recipiente de pedra. Atualmente utiliza-se o mesmo processo, com partes mecânicas de aço inoxidável, e depois o óleo é separado da pasta por centrifugação. Este método produz óleo de oliva conhecido como “azeite extra virgem”. Não se aplica calor ou produtos químicos. 5 quilos de azeitonas produzem cerca de 1 litro de óleo de oliva. Utilizando-se esse método, o óleo produzido mantém a cor, o sabor e principalmente os valores nutricionais.

Pesquisando recentemente hábitos comuns aos mediterrâneos, verificou-se que uma parte considerável deles tinha o hábito de ingerir uma colher de sopa de azeite extra virgem em jejum, todos os dias. Dentre eles, os espanhóis tinham nessa prática, um hábito quase religioso. E, em consequência, a menor incidência de doenças, inclusive o câncer.

ALIMENTO FUNCIONAL


 
O azeite de oliva talvez seja o mais antigo produto que atende naturalmente aos requisitos dos funcionais, revelando-se hoje, à luz da ciência, um ingrediente bastante saudável e indispensável em dietas que contribuem para evitar as doenças mais comuns do mundo moderno.

Como se sabe, a gordura tem três tipos de ácidos graxos: saturado, monoinsaturado e poli-insaturado, e é a proporção entre eles que determina a qualidade da gordura total ingerida. A banha de porco, por exemplo, tem mais gordura saturada, que não é nada saudável. Os óleos vegetais, como os de soja, milho e canola têm mais ácidos graxos poli-insaturados. O azeite de oliva é o principal representante dos monoinsaturados, com 83% de ácido graxo oleico, que além de ser o responsável pelo aroma e pela acidez do azeite, ajuda a manter os níveis de colesterol total dentro dos limites normais e aumenta os níveis de HDL (bom colesterol). O azeite controla o colesterol sérico, já que au-menta a taxa de secreção biliar, estimulando a digestão e a absorção das gorduras e das vitaminas lipossolúveis (vitaminas A, D, E, K). Quanto mais bílis é secretada, maior é a diminuição do colesterol sérico.


Estudos comparativos realizados em povos mediterrâneos, que utilizam fartamente o azeite de oliva em suas dietas, revelaram um índice claramente menor de mortalidade por infarto do miocárdio em relação à população do norte da Europa e América do Norte. Comprovou-se que essa proteção não está ligada à diversidade genética, já que italianos e gregos que emigraram para a América do Norte, e se adaptaram aos novos hábitos alimentares, acabaram por perder essa proteção e ficaram expostos às doenças cardiovasculares na mesma proporção que os americanos.

COSMÉTICO PARA MULHERES
Para as mulheres preocupadas com a aparência, o produto apresenta uma vantagem a mais, pois é considerado um dos elementos que retardam o envelhecimento, contribuindo inclusive, com maior proteção à pele. Alguns povos mediterrâneos utilizam o produto em cosméticos, como ingrediente da formulação de cremes para a pele. O professor Bruno Berra, da cadeira de Bioquímica e Biologia Molecular, da Universidade de Milão, pesquisou os efeitos do azeite no retardo do processo de envelhecimento e concluiu que a pele absorve os antioxidantes presentes no produto, protegendo suas camadas mais profundas contra oxidação e neutralizando os radicais livres.

Os vestígios mais antigos das oliveiras são encontrados em restos fossilizados na Itália e no Norte da África; pinturas em rocha nas montanhas do Saara Central, com origem entre quinto e segundo milênio a.C; em relevos e relíquias da época minóica em Creta (3.500 a.C); além das granalhas trançadas de oliveira vestidas por múmias da XX Dinastia do Egito.

Fonte: Livro “A Dieta de Jesus” de Heloisa Bernardes.

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